Lá nos confins da costa ocidental africana, existia um povo que nem se governava, nem se deixava governar. Pois bem, depois de ter realizadas eleições que todos “formalizaram de livres, justos e transparentes” que levou aos guineenses aceitarem se dar tempo para governo da Guiné-Bissau, eis que há maioria dos guineense puros, voltando a dispor nas suas mãos do seu futuro, teoricamente aliviado das  constrições externas “ que exemplarmente foi prontificado pelo General António Indjai e os seus”, eis que esse povo, ou a sua “elite”, conseguem estes quatro feitos verdadeiramente extraordinários:

Constatam a falência da visão politica dos seus ministros, assistem a desorientação dos órgãos do poder vigente no país, com chefes corruptos, e qual cereja em cima de bolo – assistem a demissão do seu mais analfabeto ministro, que envergonhou o país pelo seu passeio na zona de fronteira da Guiné-Bissau para com a Senegal e que viu nomeado para ocupar Gabinete de luta contra corrupção a pessoa mais corrupta do país, e que reclama um carro novo para poder passear na cidade de Bissau….

Ou seja, depois de os guineenses terem eleitos os seus órgãos dos poderes, que deveriam recuperar alguma da nossa capacidade de actuação, interna e externa ( como foi no longínquo tempo de luta de libertação nacional, da qual maioritariamente eram Balantas), eis a vir ao de cima toda a mesma falta de juízo e completa irracionalidade de pseudoelites que conseguem dar cabo do esforço de um povo e de um país e voltar a catapultá-lo para as paginas da imprensa internacional pelos piores motivos possíveis.

Não fosse grave, seria cómico. Infelizmente é trágico geopoliticamente. Não só porque estamos a colocar em xeque o nosso próprio sistema politico, desacreditando-o à exaustão como, sobretudo, porque neste mundo cada vez mais pequeno em que tudo se sabe ao minuto, todas estas desventuras do Sr. Eng.º Domingos Simões Pereira, são observadas, seguidas e monitorizadas por aqueles de quem continuamos a depender para viver, nalguns casos para sobreviver – os que financiam projectos de desenvolvimento na Guiné-Bissau.

Não tenhamos, nem dêmos mostras de termos o juízo necessário para nos sabermos governar com base no respeito dos aqueles que trouxeram a independência da Guiné-Bissau, FARP.

Enquanto povo, e não estranhemos que daqui a não muito tempo voltemos a estar totalmente nas mão dos colonos e das máfias da CPLP, enfim, tudo aquilo de que ainda não esquecemos.

Esta nas nossas mãos infirmamos a profecia do Romano.


Dr. Wilkinne K.

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