O campeão em título, Nuno Tristão Futebol Clube de Bula, venceu no último fim-de-semana no Estádio Nacional “24 de Setembro” a grande final da Super Taça “Boer”, batendo a equipa de Canchungo Futebol Clube, vencedor da Taça de Guiné, por 3-2. Depois de um empate a uma bola durante o tempo regulamentar, as duas equipas da região de Cacheu foram para a marcação de grandes penalidades, onde a sorte acabaria por ser favorável à equipa de Bula.
Naquela partida da Supertaça registou-se pouca assistência dos amantes do desporto-rei. A primeira parte do jogo foi equilibrada, mas a turma de Bula adiantou-se no marcador logo aos 23 minutos por intermédio do seu avançado Alfa Umaro Baldé, na conversão de um livre directo à direita do ataque dos rapazes do técnico Infamara Dabó (Vandu).
A primeira metade do encontro terminou com a vantagem dos bulenses. Mas no segundo tempo a formação de Canchungo cresceu, criando grandes oportunidades para igualar o marcador, mas só conseguiu levar o final ao prolongamento no seguimento de uma falha defensiva dos rapazes de Vandu. O defesa central de Canchungo, Idrissa Tcherno Gomes, soube aproveitar e com sucesso, já no último minuto do tempo extraordinário, aos 93 minutos, igualando assim o marcador.
No prolongamento, ambas as equipas não souberam aproveitar os 30 minutos adicionais para matar o jogo, saindo com um nulo. Assim o jogo foi decidido através da marcação de penalidades. A pontaria dos pupilos de Vandu estava mais afinada do que a dos rapazes comandados pelo técnico João Dembé (Casaco) que falharam por três vezes. Os bulenses falharam apenas por duas vezes.
No final do encontro, Vandu considerou que o jogo não foi muito difícil e realçou a forma como o Canchungo abordou a partida com toda a garra, criando enormes dores de cabeça a sua equipa. Acrescentou ainda que a sua formação teve mais sorte nos penáltis e saiu como vencedora do primeiro troféu da temporada 2014/2015. Na sua opinião, a equipa de Canchungo não parecia uma equipa proveniente da segunda liga devido ao futebol que tinha praticado.
Solicitado a pronunciar-se sobre a sua continuidade no clube de Bula, Vandu garantiu que permaneceria na formação nortenha, onde foi campeão nacional na última época. Questionado também sobre a revalidação do título, Vandu, a seu estilo de sempre, disse que não iria prometer nada, mas que trabalharia jogo a jogo. E que, se no final da prova obtiver maior número de pontos seria campeão.
Sobre os prêmios da temporada passada, Vandu explicou: “não recebemos o nosso prémio até agora. Dizem que haverá uma gala que ainda não se realizou, mas este assunto compete a direcção do clube”.
O técnico de Canchungo, João Dembé, disse que a sua equipa fez um bom jogo, apesar de ter falhado nas grandes penalidades. Todavia, prometeu trabalhar duro para bons resultados no futuro.
Mister Casaco espelhou que a formação que comanda trabalhará para estar nos lugares de destaque durante a época desportiva 2014/2015, no seu regresso ao convívio dos grandes.
Presente no Estádio Nacional, o Secretário de Estado de Juventude Cultura e Desportos, Tomás Gomes Barbosa, na sua declaração ao nosso semanário desafiou todos os guineenses à lutarem para o desenvolvimento do desporto nacional, em particular, do desporto-rei (futebol). Contou neste particular que o executivo que pertence está a dar o seu máximo para apoiar o futebol, assim como o desporto em geral.
“Todos os actores implicados no nosso futebol devem assumir as suas responsabilidades para que haja um resultado positivo no final dos trabalhos. Brevemente terá lugar na capital Bissau uma conferência com sector privado para debater e analisar quais são os mecanismos necessários para a implementação da lei do mecenato que é muito importante para apoiar causas sociais, incluindo os clubes”, explicou o governante.
O presidente da Federação de Futebol da Guiné-Bissau (FFGB), Manuel Irénio Lopes Nascimento (Manelinho) garantiu a O Democrata que o campeonato terá o início no próximo mês de janeiro de 2015, contudo não precisou uma data certa para o seu arranque.
Revelou que no congresso marcado para o dia 10 de Janeiro de 2015 será debatida com os associados da federação (Clubes) a questão da institucionalização de prémios dos campeonatos.
“Se a proposta for aprovada pelos associados, informaremos o Governo, na qualidade do nosso parceiro, e analisaremos as possibilidades de criar condições para que haja prémios dignos que poderão motivar uma boa competitividade entre os clubes. Isso poderá ajudar os clubes e os futebolistas na sua evolução. Mas para que tal aconteça temos de ter alguma condição financeira”, rematou Manelinho.
Instado a pronunciar-se sobre o aumento dos clubes na primeira e segunda divisões, assim como a eliminação da terceira liga, Manelinho justificou que a instituição que dirige tem enormes dificuldades financeiras. Por esta razão decidiram aumentar o número das equipas na primeira e segunda liga e acabar com a terceira liga a fim de minimizar os custos.
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