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A LIGA GUINEENSE DOS DIREITOS HUMANOS VISITA HOSPITAL RAOUL FOLLEREAU EM BISSAU
A saída de um encontro que durou cerca de uma hora, Augusto Mário da Silva, vice-presidente da Liga, começa por situar que a sua organização decidiu visitar o hospital, porque direito à saúde é um dos direitos fundamentais.
Neste sentido, e no âmbito da preocupação que liga tem em relação à saúde pública, decidiu visitar centro hospitalar Raoul Fllereau para se inteirar do seu funcionamento. A liga refere contudo, que é necessário prestar apoios ao hospital que tem dado resultados positivos e considerado um dos hospitais de referência, não só ao nível do país, bem como ao nível da Sub-região no tratamento da Tuberculose.
“A liga sempre tem dado uma atenção especial ao sistema de saúde nacional. Nos seus relatórios, sempre aborda a questão da saúde pública e foi justamente neste âmbito de acompanhamento das atividades dos diferentes hospitais que constituem todo o sistema da saúde nacional”, notou.
De acordo com o ativista dos direitos humanos, neste momento a Organização Italiana, responsável pela gerência do Hospital depara-se com problemas na aquisição dos medicamentos e conservação dos reagentes não por falta de meios, mas porque CECOME, uma entidade pública responsável pela distribuição dos medicamentos às farmácias e aos centros hospitalares não tem disponibilizado os medicamentos a tempo.
Mama Saliu Sanhá, representante residente a ONG italiana Ahead fala dos serviços que a sua organização tem dado aos pacientes do hospital Raoul Fllereau.
Ele destacou que “todos os doentes que entram no hospital recebem consultas, exames, radiografias e tudo que for necessário gratuitamente”, assinalou. Todavia, revelou ainda que os internados recebem cinco refeições diárias e bem acomodados de lençóis, toalhas e mosquiteiros.
Nos últimos tempos tem havido reuniões inconclusivas entre o Ministério da Saúde Pública e a ONG italiana em volta da gestão do único hospital especializado no tratamento de Tuberculose no país.
Uma situação confirmada hoje pelo representante residente da organização, sublinhando ter havido mesmo um desentendimento, mas que não poe em causa as relações entre as partes.
Segundo um acordo assinado em dois mil e doze, entre a ONG italiana Ahead e o governo guineense, ficou patente que o Estado responsabilizaria do fornecimento da energia para o hospital, mas esta componente não está a ser cumprida, conforme dados recolhidos no terreno.
Por: Filomeno Sambú
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