Bissau, 22 Mar 17 (ANG) - O Ministro dos Recursos Naturais revelou ontem
que as estatísticas sobre a cobertura no abastecimento em água potável a
nível nacional se situa em 50 por cento enquanto a dos serviços de
saneamento de base se cifram em pelo menos 40 por cento.
Barros Bacar Banjai que se
dirigia a população guineense por ocasião da comemoração do dia mundial
de Água, 22 de Marco, considerou estes dados de "animadores" mas
reconheceu que os desafios continuam ainda em relação a melhoria destes
serviços.
"A perspectiva não é apenas melhorar a estatística dos serviços global
de abastecimento de água e saneamento de base, mas de torná-los
efectivos, com controle permanente e avaliação do estado das
infra-estruturas e seu funcionamento", augurou o ministro dos Recursos
Naturais.
Barros Banjai advertiu que apesar da relativa abundância em termos de
recursos hídricos a nível nacional, podem existir riscos na sua
disponibilidade no futuro, tendo em conta os factores de mudanças
climáticas que já se fazem sentir, o seu uso irracional, a poluição e
contaminação, devido as acções antrópicas.
O ministro disse ser necessária uma reflexão profunda sobre a melhor
forma de utilização dos recursos hídricos, de forma a garantir os
serviços necessários ao desenvolvimento socioeconómico do pais e a
criação de condições através de uma gestão integrada para a sua
conservação e preservação.
"A água é um bem social de grande valor económico e que desempenha papel
fundamental no desenvolvimento de quaisquer pais", definiu o governante
que advogou para o pais politicas públicas consistentes e um quadro
legislativo que responde as exigências actuais.
Entre outras medidas preconizadas pelo governo, o ministro indicou a
necessidade de actualização do chamado Plano Director do Sector da Água,
a revisão do código de Águas e seu regulamento e a criação de um fundo
nacional da água, julgados necessários para o desenvolvimento
institucional e satisfação dos objectivos programados para o sector.
No capítulo de saneamento, Barros Bacar Banjai reconheceu que não se
pode falar, com propriedade, da existência de infra-estruturas de
saneamento colectiva no pais.
De acordo com o ministro, existem insuficiência em termos de redes de
esgotos públicos, canais de drenagem de águas pluviais, sobretudo nas
zonas urbanas, sistemas adequados de esvaziamento de fossas sépticas e
latrinas apropriadas, remediando as actuais precárias que constituem
ameaça aos lençóis freáticos.
A concluir sua intervenção, Barros Banjai apela apoios ao pais por parte
da comunidade internacional para a consecução dos objectivos
projectados no domínio de água e saneamento, nomeadamente o UNICEF,
PNUD, OMS e instituições financeiras sub-regionais e continentais.
Instituído em Fevereiro de 1993, pela Assembleia Geral das Nações
Unidas, o 22 de Março deste ano comemora-se sob o lema "Águas Residuais,
Como Foco dos Debates".
Conosaba com ANG/JAM/SG/MO
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