RAMOS-HORTA DEFENDE RESPEITO DO ACORDO DE CONACRI




Prémio Nobel da Paz e antigo representante da ONU em Bissau diz que saída da crise passa pelo diálogo

O Prémio Nobel de Paz e antigo Presidente do Timor, Ramos-Horta, apelou a entendimento entre os principais actores políticos guineenses.

Ao falar na passada quinta-feira, 9, à margem do Simpósio Internacional sobre Reconciliação, a decorrer aqui em Bissau, defendeu um consenso entre as partes em conflito.

“Acredito que tem que ser com base no Acordo de Conacri, desde que haja consenso, pois, os acordos não são uma bíblia e não são inalteráveis. É preciso que peguem o acordo e vejam onde é que podem haver recuos, arranjos e aditamentos, e assim avançar até as próximas eleições”, defendeu o antigoPresidente timorense

Ramos-Horta, que há três anos deixou o país no termo da sua missão como representante das Nações Unidas em Bissau, recomenda, os actores políticos a uma maior cooperação, sobretudo, entre os principais órgãos da soberania.

Na sua exposição “Os desafios da reconciliação nacional”, o antigo Presidente de Timor-Leste conclui que a fragilidade das instituições do Estado representa um dos problemas mais sérios que os guineenses enfrentam.

“É preciso maior serenidade e paciência e é preciso também o sentido do Estado, por parte de todos, para ultrapassarem este impasse, porque também só faltam dois anos para as próximas eleições. Acredito que mais algum esforço, para frente, é possível selar um acordo que permita o Governo fazer passar o seu programa e orçamento”, concluiu Ramos-Horta

Informações disponíveis apontam, por outro lado, que a CEDEAO pretende enviar a Bissau, uma missão diplomática visando obrigar as partes a cumprir Acordo de Conacri, como instrumento para o envolvimento de tidas as partes.

Conosaba com Voa/MO

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