Praia - Os agentes ligados à pesca artesanal de Cabo Verde e Guiné-Bissau, nomeadamente pescadores, peixeiras e transformadoras, iniciaram no fim-de-semana, na cidade da Praia, uma acção de formação com o apoio da Associação Oeste-Africana para o Desenvolvimento da Pesca Artesanal (ADEPA, sigla em francês).
Trata-se de uma formação enquadrada na segunda fase do projecto “Reforço da boa governação da pesca e no seio das organizações profissionais da pesca artesanal” (OPPA) nos sete países-membros da Comissão Sub-regional das Pescas (CSRP) – África Ocidental.
Segundo a coordenadora do projecto da ADEPA, Aminata Mbengue, este é o último módulo que Cabo Verde e Guiné-Bissau, enquanto países lusófonos, vão receber tendo em conta que já tinham beneficiado de uma formação em mais três módulos, nomeadamente em gestão dos ecossistemas marinhos e costeiros e co-gestão dos recursos haliêuticos.
“Normas sobre o comércio internacional, regional, sub-regional, nacional e impactos sobre as profissões da pesca artesanal” e “Ordenação dos sítios de transformação e técnicas de valorização artesanal dos produtos da pesca artesanal” são os módulos que já foram anteriormente ministrados aos agentes de pesca dos dois países, assegurou.
Aminata Mbengue assinalou que, além de Cabo Verde e da Guiné-Bissau, os dois últimos módulos de “Gestão das organizações, estruturação das fileiras, e gestão dos equipamentos comuns”, e “Comunicação e plaidoyer” abrangem também outros países francófonos e anglófonos (Gâmbia, Guiné-Conakry, Mauritânia, Senegal e Serra Leoa).
A coordenadora do projecto explicou ainda que a metodologia da formação compreende uma participação “bem activa” durante toda a programação, da qual consta inclusive visitas ao terreno, trocas de informações e posteriores restituições.
Aminata Mbengue acrescentou que, para além da formação e visita de terreno, serão assinados dois protocolos entre as associações de Cabo Verde e da Guiné-Bissau, para a criação de um elo, partilha de experiências e “diálogo forte” entre as duas partes sobre a pesca artesanal.
Com estes protocolos pretende-se permitir estabelecer relações de amizade, trocas de experiência e realizações de formações, entre as associações, esclareceu.
Pretende-se também realizar actividades para comprar materiais de pescas e desenvolver parcerias com outros parceiros como União Europeia (UE) e Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), para que possam apresentar projectos comuns a essas entidades.
.Conosaba com angop/MO
Actualizado em 07 Novembro de 2016
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