PAIGC E PRS EM BUSCA DE SOLUCÇAO A CRISE POLÍTICA



Os dois principais partidos no Parlamento da Guiné-Bissau analisaram hoje cenários para “saída da crise” que assola o país e projetaram encontros para esta sexta-feira e terça-feira da próxima semana com uma agenda definida, disseram fontes partidárias.
Na próxima sexta-feira, às 15:00 de Bissau (16:00 em Lisboa) uma delegação negocial do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) desloca-se à sede do Partido da Renovação Social (PRS).
Na terça-feira, às 10:00 de Bissau (11:00 em Lisboa) será a vez de o PAIGC receber, na sua sede, o PRS.
Fontes dos dois partidos indicaram à Lusa, que nessas rondas negociais estarão em análise, entre outros pontos, a possibilidade de ser criado um Governo de consenso e de incidência parlamentar.

O PAIGC venceu as últimas eleições legislativas na Guiné-Bissau, obtendo 57 mandatos no Parlamento, mas passa por uma crise interna com 15 dos deputados a serem excluídos da sua bancada.
A crise interna levou a que o partido esteja neste momento arredado do poder, tendo sido substituído pelo PRS, que conta com 41 mandatos no Parlamento, os quais associou os 15 deputados expulsos do PAIGC, para reclamar uma nova maioria no hemiciclo.
Sobre o encontro do hoje, que marca a retoma das conversações entre os dois partidos desavindos há mais de um ano, Manuel dos Santos, em nome do PAIGC, disse que estão a procura de “soluções para viabilização do país”.
“Vamos esgrimir argumentos, partir pedra, sem qualquer preconceito, (…), vamos discutir os assuntos candentes do país”, sublinhou Manuel dos Santos, antigo ministro e veterano da luta pela independência da Guiné e Cabo Verde.
Do lado do PRS, Carlitos Barai, afirmou que o seu partido respondeu a um convite formulado pelo PAIGC “como mandam as regras de uma boa convivência" entre forcas políticas.
Destacou que o seu partido recebeu do PAIGC uma proposta contendo três cenários para a saída da crise, os quais não quis revelar, mas adiantou que irão ser analisados pelos órgãos internos do PRS.
“Ainda é cedo para falarmos em qualquer entendimento”, declarou Carlitos Barai, antigo ministro das Obras Públicas.

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