O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) apelou ontem aos militantes para que reforcem a vigilância, depois de um assalto violento à casa do porta-voz daquela força política, no poder, na noite de domingo.
"O PAIGC exorta os seus militantes a reforçarem a vigilância e determinação para lutar e vencer também nesta frente", numa alusão à segurança pessoal, a par da intervenção política, anunciou o partido em comunicado.
"Este ato surge na sequência de uma série de ameaças que têm sido proferidas contra vários dirigentes do partido", acrescenta-se.
Segundo o PAIGC, trata-se de "uma tentativa de semear o medo e a perseguição dos dirigentes" ligada à "decisão de expulsão do partido de militantes infractores dos estatutos".
No mesmo documento, pede-se às autoridades um inquérito ao incidente da última noite.
O caso foi protagonizado por um grupo de homens supostamente armados, que assaltou a casa de João Bernardo Vieira, porta-voz do PAIGC e secretário de Estado dos Transportes e Comunicações, disse à Lusa fonte da Polícia de Ordem Pública (POP).
Vieira não estava em casa quando os assaltantes chegaram e agrediram alguns dos guardas privados, no exterior da habitação.
Já no interior, fecharam familiares do governante numa das divisões e roubaram um cofre, acrescentou a mesma fonte policial.
Um comunicado da Secretaria de Estado dos Transportes e Comunicações acrescenta que o cofre continha apenas documentos e que os assaltantes perguntaram várias vezes por João Bernardo Vieira.
O incidente fez com que a ECOMIB, força policial e militar estacionada na Guiné-Bissau, tenha reforçado hoje a segurança aos membros do Governo.
O contingente multinacional "está a agir no seguimento do seu mandato" de protecção dos órgãos de soberania e seus representantes, referiu fonte da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que lidera a força.
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