O Governo guineense iniciou no fim-de-semana o transporte para Bissau de 140 mil toros de madeira confiscada por ter sido cortada de forma ilegal e que será agora leiloada, disse o ministro da Administração Interna guineense
A madeira confiscada encontrava-se em diferentes pontos da floresta guineense e o produto será vendido em hasta pública, sendo a receita revertida para os cofres públicos, mais concretamente, para o quartel da Guarda Nacional no bairro da Santa Luzia, indicou o ministro Octávio Alves.
Os donos da madeira confiscada terão 90 dias para reclamar junto de uma comissão interministerial a legalidade do processo de corte, sem o que o produto avança para venda.
"Vamos analisar cada caso, se a pessoa conseguir provar que efectivamente a sua madeira foi cortada de forma legal, o produto não será vendido, se não, a comissão procederá a venda", indicou o ministro da Administração Interna, citando um despacho do primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira.
Durante o período de transição -- a seguir ao golpe de Estado de Abril de 2012, as autoridades regionais instituíram um período de cerca de um ano e meio para que a Guiné-Bissau organizasse eleições - a floresta guineense foi alvo de corte desenfreado de madeira.
Segundo o Governo e organizações de defesa do ambiente, o corte foi feito por madeireiros e outras pessoas que obtiveram licenças dadas pelas então autoridades que geriam o país.
RDP Africa, 4 de Maio de 2015
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