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“ESTADO É MAIOR DEVEDOR DE APGB COM MAIS DE CINCO BILHÕES DE FRANCOS CFA
“Estado guineense é maior devedor de APGB, com mais de cinco bilhões de francos Cfa de 2004 à 2014”.
Afirmou o presidente do Sindicato de base dos trabalhadores de Administração dos Portos da Guiné-Bissau (APGB), numa entrevista exclusiva a Notabanca.
Ivo Cá, disse não estar de acordo com o processo de privatização do Porto de Bissau, em curso aprovado pelo atual Governo de Sissoco, numa reunião do Conselho dos Ministros em fevereiro deste ano.
O sindicalista Cá, deixou esta advertência aos partidos políticos com e sem assento parlamentar, manifestando a indignação dos trabalhadores que conforme disse, visa ceifar as vidas deles, Em detrimento dos interesses obscuros.
Notabanca/MO
DELEGAÇÃO MILITAR DE CUBA VISITA BISSAU PARA FORTELECER COPERAÇÃO
O governo de Cuba enviou à Guiné-Bissau o chefe da direção de quadros do Ministério das Forças Armadas para estudar os mecanismos para reativar a cooperação com o Exército guineense, sobretudo no domínio da formação.
O general João Gil vai permanecer na Guiné-Bissau até ao próximo dia 05 de setembro e nesse período vai visitar várias unidades militares em Bissau e no interior, nomeadamente campos de produção agrícola das Forças Armadas, quartéis e o hospital militar, construído pela cooperação chinesa.
O responsável cubano fará uma visita de cortesia ao Presidente guineense, José Mário Vaz, um dia antes de regressar a Havana.
Após depositar coroas de flores no mausoléu Amílcar Cabral, fundador da nacionalidade guineense e cabo-verdiana, o general cubano disse aos jornalistas que o seu país está sempre "a pagar a sua dívida para com o povo africano".
Em relação à Guiné-Bissau, João Gil indicou ser um país "amigo e mais que irmão de Cuba" com quem pretende "fortalecer sempre os laços de amizade" como "sempre defenderam os líderes" dos dois países.
A visita do general cubano à Guiné-Bissau ocorre na sequência da deslocação do ministro da Defesa guineense, Eduardo Sanhá, a Havana, em junho, na qual solicitou o reforço da cooperação entre os dois países.
Notabanca/MO
EMPRESÁRIOS DA CPLP DEFENDEM POLÍTICAS CLARAS PARA MERCADOS ECONÓMICOS
O presidente da Confederação Empresarial da Comunidade de Países de Língua Portuguesa Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) defendeu a definição de políticas claras para a criação de um mercado económico entre os membros da organização.
"Primeiro, é preciso que tenhamos uma visão política clara e depois partir pedra, desde a legislação a projetos económicos viáveis", declarou à Lusa Salimo Abdula.
"Primeiro, é preciso que tenhamos uma visão política clara e depois partir pedra, desde a legislação a projetos económicos viáveis", declarou à Lusa Salimo Abdula.
Aquele responsável falava à margem de um seminário promovido pela Câmara Agrícola Lusófona, em Maputo, juntando empresários e quadros do governo moçambicano para debater as oportunidades do agronegócio em Moçambique.
Para Salimo Abdula, a livre de circulação de pessoas, bens e capitais continua a ser uma das principais condições para um rápido desenvolvimento do mercado entre os membros da comunidade.
"Temos de encontrar um posicionamento comum e do agrado de toda esta comunidade para nos tornamos num dos grandes líderes, daqui há umas décadas", acrescentou Salimo Abdula.
Entre as prioridades, aquele responsável destacou o setor agroindustrial, lembrando que os membros da CPLP têm um enorme potencial nesta área.
"Continuamos a apontar o setor agrícola como um dos principais para alavancar as economias dos países da CPLP", afirmou, esperando que o seminário em Maputo sirva para fortificar a rede de contactos entre os membros da organização.
"O grande objetivo deve ser a criação de uma marca CPLP, a partir dos potenciais dos países da comunidade", concluiu.
"O grande objetivo deve ser a criação de uma marca CPLP, a partir dos potenciais dos países da comunidade", concluiu.
Notabanca/MO
GUINÉ-BISSAU: DEPUTADA SUSIE BARBOSA QUER MAIS MULHERES NAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES
Em entrevista à DW África, a deputada Susie Barbosa, presidente da Rede de Mulheres Parlamentares, diz que a crise em Bissau não seria "tão grave" se houvesse mais mulheres no Parlamento e no Executivo.
A população feminina da Guiné-Bissau ultrapassa o número de cidadãos do sexo masculino. Mas, apesar de serem maioria no país, as mulheres guineenses perderam representatividade política nas duas últimas décadas. É o que diz a deputada Susie Barbosa, do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAICV), presidente da Rede de Mulheres Parlamentares.
Em entrevista à DW África, a deputada fala sobre o trabalho de sensibilização que está a realizar até esta quinta-feira (31.08), em parceria com o Gabinete Integrado da ONU para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS), em várias regiões do país, com objetivo de convocar as mulheres para a vida política.
Segundo Susie Barbosa, após a democratização da Guiné-Bissau, há pouco mais de 20 anos, o número de mulheres no Legislativo e no Executivo era elevado. Mas ao longo dos anos isto mudou.
"Apenas 10% dos cargos no Parlamento e no Governo são ocupados por mulheres, e na administração pública só 25%. No nosso Governo, apenas cinco mulheres participam como membros, e nenhuma em cargo ministerial", alerta.
Acompanhe a entrevista, na qual a deputada defende que nas próximas eleições mais mulheres sejam candidatas nas listas dos partidos.
DW África: Como vai acontecer a sensibilização das mulheres para a participação na vida política da Guiné-Bissau?
Susie Barbosa (SB): Estamos a trabalhar no escritório da UNIOGBIS, em Bafatá. É uma sensibilização que pretende chamar a atenção das mulheres para uma maior participação política, e, de certa forma, dar-lhes a conhecer a legislação já existente no país, e as lacunas que ainda existem, que nós parlamentares temos a responsabilidade de implementar.
DW África: Que lacunas são essas?
SB: Estamos neste momento a trabalhar na criação da lei de cotas, que são medidas transitórias adotadas em situações em que nós que há uma desigualdade, e são medidas que se adotam num determinado período de tempo para se atingir a igualdade de género. Estamos estado à parte disto a fazer as sensibilizações a nível das regiões, com o apoio das UNIOGBIS, e a tentar convencer as mulheres para que haja uma maior participação política das mesmas na Guiné-Bissau. Um facto importante a referir é que na Guiné-Bissau tem uma população maioritariamente feminina, nós somos mais de 52% de mulheres, mas apenas 10% tem participação na política e apenas 25% ocupa cargos na administração pública. Daí a necessidade de se chamar atenção para uma maior política das mulheres como candidatas e como administradoras da função pública, e não como apoiantes dos homens.
DW África: Apenas 10% dos cargos no Governo e no Parlamento são ocupados por mulheres. Como isto afeta as tomadas de decisões e a criação de políticas públicas voltadas para as mulheres guineenses?
SB: Infelizmente afeta bastante. Esse número reduzido na participação da vida política faz com que não haja políticas públicas adequadas para as mulheres. E infelizmente esta é uma situação que tem vindo a agravar-se. Mas tínhamos antes na abertura democrática uma maior participação das mulheres, chegando no Parlamento dado momento a registar 30 mulheres deputadas, e neste momento, passados 23 ou 24 anos da nossa abertura democrática, temos apenas 14 mulheres num universo de 102 deputados. Mas tristemente é uma situação que não se verifica só no Parlamento. Nós temos neste momento no nosso país um Governo onde há apenas cinco membros mulheres, e nenhuma é ministra.
DW África: O que tem impedido até agora que mais mulheres participem da política na Guiné-Bissau?
SB: Extamente esta falta de políticas públicas. E nós entendemos também como fundamental está a inclusão no currículo escolar das crianças, desde cedo, a igualdade de género e igualdade de oportunidades. Então, penso que cabe a nós, parlamentares, alertar e ao mesmo tempo fazer pressão junto do Governo para que não seja apenas usada a questão da igualdade de género nos comícios, nas jornadas, mas sim a nível dos currículos escolares e também na participação efetiva nas listas que vão ser apresentadas pelos partidos.
DW África: E levando em conta a crise política que se instalou em Bissau, de que forma a maior participação feminina no Parlamento e no Governo poderia contribuir para um consenso no país?
SB: Acreditamos que esta crise não seria tão grave se houvesse maior participação das mulheres. Entendemos que as mulheres são mais sensíveis, são mais responsáveis na gestão da coisa comum. Por este motivo, a Guiné-Bissau não estaria nesta situação se houvesse mais mulheres com poder de decisão, e por isso que estamos a motivar a maior participação das mulheres para que num futuro próximo, sobretudo no próximo embate eleitoral, os partidos sejam obrigados a terem esta representatividade feminina e as mulheres tenham efetivamente o poder de decisão, e não estejam em segundo lugar a apoiar os homens ou a aplaudir os homens. E lembramos que estamos a nos aproximar das próximas eleições, quando elas serão cruciais para as decisões que serão tomadas.
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